sexta-feira, 25 de maio de 2012

Cristãos coptas temem vitória de islâmicos e adoção da sharia

Para Eriny Wadiee, administradora de empresas de 30 anos, a atual eleição no Egito é "a última tentativa" de impedir "uma tomada islâmica" do poder. Eriny é cristã ortodoxa copta e, como a maior parte de sua comunidade, sente-se cada vez mais ameaçada pelos rumos que a política egípcia vem tomando desde a queda de Hosni Mubarak.

"Quase todo o Parlamento acabou nas mãos de grupos que querem impor a sharia (lei islâmica) no meu país. Agora, se um radical muçulmano chegar à presidência, nós não teremos mais lugar aqui", afirma. Ela decidiu votar em Ahmed Shafiq, último premiê da era Mubarak, tido como o representante do antigo regime nas eleições.

Shafiq promete restituir a ordem no Egito e combater o radicalismo islâmico, discurso que lhe rendeu amplo apoio entre os coptas, que somam mais de 10% da população.

Incerteza. Nos últimos dias, o Estado conversou com vários integrantes e líderes da maior comunidade cristã do Oriente Médio. Em tempos de incerteza, porém, eles relutam em falar abertamente. Um dos poucos que aceitou ser identificado foi Yousef Sidhoum, editor do principal jornal copta, o Watani, fundado em 1968.
"Nossa comunidade está extremamente preocupada", afirma. "A liberdade religiosa já era desrespeitada durante o governo Mubarak. Com partidos radicais islâmicos no poder, a coisa piorou ainda mais."

Templos cristãos são alvos frequentes de pichações e ataques. Em outubro, a Igreja de São Jorge, na Província de Aswan, foi depredada e incendiada por uma multidão de radicais salafistas.

Os coptas praticamente não têm espaço na alta burocracia do Estado, reclama o jornalista, e nenhum dos candidatos à presidência é cristão. Muçulmanos que entram para a Igreja são fortemente discriminados.

Discriminação. A Constituição da era Mubarak - suspensa pouco após a queda do regime - previa a "tolerância religiosa", mas tinha dispositivos que reforçavam a divisão entre muçulmanos e cristãos.

Documentos de identidade egípcios, por exemplo, sempre trazem a religião da pessoa. Um homem muçulmano pode se casar com uma cristã, mas dificilmente uma mulher islâmica consegue autorização de matrimônio com um cristão.

"O Parlamento que temos agora, dominado por grupos islâmicos, não tem a menor condição de lidar com a liberdade religiosa", diz Sidhoum. Desde o início do ano, a Irmandade Muçulmana e os salafistas controlam mais de 70% do Legislativo. Quando o papa Shenouda, líder da Igreja Copta, morreu, em março, parte dos deputados islâmicos rejeitou ficar de pé no Parlamento em respeito ao líder.

O início da revolta contra Mubarak foi marcado por cenas de união entre muçulmanos e cristãos na Praça Tahrir. Coptas faziam cordões de isolamento para proteger islâmicos que rezavam e fiéis das duas religiões viviam juntos, acampados no centro do Cairo. Mas vários incidentes desgastaram o clima de harmonia.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Ameaça do Hezbollah põe em alerta Consulado de Israel em SP

Eugenio Goussinsky / ESPECIAL PARA O ESTADO

O governo israelense, com base em informações sigilosas, alertou o Consulado-Geral de Israel em São Paulo para a possibilidade de um atentado do grupo extremista libanês Hezbollah na capital paulista. A representação diplomática entrou em estado de alerta.

Cônsul disse ter recebido instruções para reforçar segurança em locais próximos ao consulado
A informação foi dada ao Estado pelo cônsul israelense, Ilan Sztulman, que confirmou ter recebido instruções de seu governo para reforçar a segurança nos arredores do consulado e nas instituições judaicas paulistas. Ele mesmo declarou ter alterado a rotina e cancelado compromissos por motivos de segurança. "Estamos temerosos e com cautela. Tomamos medidas de precaução extrema no trabalho do consulado e de entidades da comunidade judaica", disse nesta quarta-feira, 23, o diplomata, que está no cargo desde 2010.

Sztulman afirmou que o governo brasileiro já foi informado sobre a possibilidade de um ataque terrorista e reforçou a segurança nas fronteiras, nos portos e nos aeroportos.
"Temos indícios de que o Hezbollah pretende retomar ataques na América Latina. O Brasil é um dos países que correm risco. Quando me dão o alerta, não dizem o que é exatamente. As fontes de informação são sigilosas. Recebi informações sobre um risco maior, com um pedido de providências para aumentar a segurança."

O andar ocupado pelo consulado, em um edifício na zona sul paulistana, está sob intensa vigilância. Para entrar no local, blindado por uma porta de vidro na entrada principal, é necessário passar por detalhada revista, que inclui a utilização de detector de metais em cada objeto pessoal - incluindo agasalhos, cinto e canetas. Não é permitido o ingresso com mochilas ou sacolas, nem mesmo na sala de segurança. Aparelhos eletrônicos ficam retidos e só podem ser retirados no momento da saída.

Na semana passada, o jornal italiano Corriere della Sera destacou que fontes de alto escalão do governo israelense confirmaram a chegada de membros do Hezbollah, com apoio do Irã, à América do Sul. Segundo a reportagem, a Bolívia e a Colômbia seriam outros possíveis alvos.

Para reafirmar seu temor, Sztulman lembrou os atentados nos anos 90 lançados contra a Embaixada de Israel em Buenos Aires, que deixou 29 mortos, e a entidade judaica Amia, que matou 85 pessoas. Israel e EUA atribuem as ações ao Hezbollah e afirmam que o grupo recebeu apoio financeiro do Irã, que nega as acusações.
Apesar das suspeitas do Ministério Público argentino, as investigações não foram concluídas. "Antes dos atentados também era difícil acreditar que o Irã realizaria um ataque em um país soberano", afirmou o cônsul.

Apesar de um acordo entre o Irã e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) estar próximo, ele não tem dúvidas de que o Irã busca construir uma bomba nuclear. "A discussão não é se o Irã está fazendo a bomba, mas o quanto está avançado."

Ameaça. Sztulman ressalta, porém, que o conflito árabe-israelense não se enquadra na questão. "O Irã não é árabe, é persa. Não temos fronteiras comuns, nunca houve conflito. Israel era aliado do Irã, com voos diários e intercâmbio entre os países", afirmou.

"Nosso problema não é com o povo, mas com o governo iraniano, que busca a hegemonia na região e tenta desviar a atenção de problemas internos, tornando-se uma ameaça ao mundo."

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Relatório da Jihad - Abril de 2012

Uma semana difícil para as crianças: A menina à esquerda foi queimada por um professor islâmico por não rezar. O menino do meio foi açoitado por não memorizar o Alcorão. O último foi espancado e acabou em coma, o agressor foi seu pai, um clérigo muçulmano que pregava a misericórdia e a bondade de Allah.


  Eis os números da Jihad no mês de Abril de 2012:

Número de ataques Jihadistas: 185

Número países atacados: 26

Número de mortos: 692

Número de pessoas gravemente feridas nos ataques: 1279

Blog De Olho na Jihad com informações do  The Relion of Peace


Rapaz de 12 anos morre depois de ter sido torturado numa Madrassa (Escola Islâmica)

Paquistão - Estudante que foi torturado pelo qari (professor de Alcorão) numa madrassa em Lahore morreu no Domingo passado. O ministro-chefe de Punjab Shahbaz Sharif foi avisado do incidente e requisitou um relatório por parte das autoridades policiais locais.

Segundo alegações feitas pelo pai da criança, Mohammad Shafiq, o seu filho de 12 anos, Mohammad Jamil, estudava o Alcorão na madrassa há pelo menos 4 meses. O qari e um professor desconhecido fugiram antes da polícia fazer buscas na madrassa; a mesma foi selada enquanto as operações de busca estão em curso.
Segundo se sabe, há alguns dias atrás Jamil queixou-se à sua mãe de severas dores abdominais causadas pela alegada tortura do qari. Depois disso, ele foi levado a 4 hospitais privados e governamentais para tratamento, mas eventualmente sucumbiu aos ferimentos, morrendo no último Domingo à noite.

A polícia de Shadbagh registou um caso contra o qari Jameel e o professor desconhecido. Falando para o The Express Tribune, os policiais afirmaram que o corpo da vítima foi levado para autópsia.

O pai da vitima afirmou que o seu filho morreu não só da tortura que sofreu na madrassa, mas também da negligência dos médicos. Ele exige a prisão imediata dos acusados.

Fonte /Tradução do nosso parceiro luso Perigo Islâmico

terça-feira, 1 de maio de 2012

Atentados contra cristãos deixam 23 mortos na Nigéria

No Estadão:
Terroristas atacaram ontem pessoas que participavam de uma cerimônia religiosa num campus universitário na cidade de Kano, norte da Nigéria, usando pequenos explosivos para expulsar fiéis em pânico e, em seguida, matá-los num atentado em que pelo menos 18 pessoas perderam a vida, informaram as autoridades.


Homens armados também atacaram uma Igreja Cristã na cidade de Maiduguri, matando quatro fiéis e o pastor. A cidade é considerada reduto espiritual do grupo radical islâmico Boko Haram, que quer adotar a lei islâmica (sharia) no país, até mesmo nas áreas cristãs, e exige a libertação de seus seguidores que estão presos.


Em Kano, os atiradores escolheram uma parte antiga do campus da Universidade Bayero, onde grupos religiosos usam um teatro e outros locais para realizar serviços religiosos, segundo o porta-voz da polícia local, Ibrahim Idris. Muitas outras pessoas ficaram gravemente feridas. “Quando chegamos ao local, eles já haviam desaparecido usando suas motos”, afirmou.


Depois do ataque, a polícia e soldados do Exército isolaram o campus enquanto tiros eram ouvidos pelas ruas próximas. Abubakar Jibril, porta-voz da Agência Nacional de Administração de Emergências da Nigéria, disse que as forças de segurança não permitiram que socorristas entrassem no campus. Os soldados impediram também o ingresso de jornalistas na universidade.


“Lançavam explosivos e faziam disparos, provocando muito pânico entre os fiéis. Depois os perseguiram abrindo fogo contra eles. Também atacaram outra cerimônia no complexo desportivo”, disse uma testemunha, acrescentando que eles chegaram em um veículo e duas motocicletas.


Segundo informações colhidas por Andronicus Adeyemo, representante da Cruz Vermelha nigeriana, em hospitais e necrotérios da cidade, o ataque deixou pelo menos 18 mortos. Várias pessoas ficaram feridas, embora a agência não dispusesse imediatamente de um número exato.


Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque. Mas Idris disse que os atiradores usaram na ação pequenos explosivos acondicionados em latinhas de refrigerantes, método já usado pelo Boko Haram, cujo nome significa “a educação ocidental é um pecado”.


O Boko Haram vem lançando uma luta sectária cada vez mais intensa contra o frágil governo central da Nigéria, usando carros-bomba e fuzis de assalto em ataques em todo o norte do país predominantemente muçulmano, e ao redor da capital, Abuja. Entre as vítimas estão cristãos, muçulmanos e representantes do governo. A seita é acusada de ter assassinado mais de 450 pessoas somente este ano, segundo a agência Associated Press.

Diplomatas e militares afirmam que o Boko Haram está ligado a dois outros grupos terroristas alinhados com a Al-Qaeda na África. Membros da seita também teriam sido localizados no norte do Mali, uma região que rebeldes tuaregues e islâmicos radicais passaram a controlar no mês de março. Em janeiro, um ataque coordenado do Boko Haram contra edifícios do governo e outros locais em Kano, matou pelo menos 185 pessoas. Desde então, o grupo foi responsabilizado por ataques a delegacias de polícia e por atentados menores na cidade.

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